Emnor fica pelada em Baile Funk

Meu deus. as meninas tão sem noção mesmo.. veja ai essa noticia!

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AFONSO BENITES
da Agência Folha

Incentivada por um cantor de funk e sob gritos de cerca de 5.000 pessoas, uma garota tirou toda a roupa durante um baile em uma casa noturna de Vitória (ES).

Na noite de sábado (12), no palco do Clube Náutico Brasil, MC Ricardo ofereceu R$ 600 para a garota que ficasse nua na frente do público. Uma das presentes topou. A ação foi gravada por câmeras fotográficas e telefones celulares e foi colocada em sites de compartilhamento de vídeos na internet. A Justiça e a Polícia Civil suspeitam que a jovem seja menor de 18 anos.

Dois crimes são investigados: corrupção de menores (pena de reclusão de um a quatro anos) e ato obsceno (três meses a um ano de detenção ou multa).

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Hélio Moreira, o músico, os administradores do clube noturno e os promotores da festa serão investigados. "Ainda não sabemos de quem é a responsabilidade. Seja de quem for, vamos indiciar."

Duas delegacias estão à frente das apurações, a de Proteção à Criança e ao Adolescente e a de Costumes e Diversão. Caso a jovem seja maior de 18 anos, o crime será contra os costumes (prática de ato obsceno em lugar público). "Nenhuma casa noturna, mesmo que com o alvará de funcionamento para festas, pode ter gente tirando a roupa assim", diz o delegado. No início da semana, as fotos e o vídeo do strip-tease foram levados para o juiz da Vara de Infância e Juventude, Paulo Roberto Luppi.

"As fotos mostram que houve uma série de irregularidades", diz. O magistrado afirma que o clube poderá ser interditado. "Quando retornar de férias, no dia 28, vou analisar o dossiê do clube e não descarto a possibilidade de interdição."

Duas autuações já foram feitas no local em razão da festa --uma por venda de bebidas alcóolicas para menores de 18 anos e a outra por superlotação. "O clube comporta 4.800 pessoas e lá tinha 5.000", afirma.

O Clube Náutico já foi interditado em outras duas ocasiões, em 2004 e no ano passado. A primeira foi por exceder a lotação e a outra por permitir a entrada de pessoas com armas.

O gerente do clube, Plácido Pereira, foi procurado na sede da entidade, mas não estava. A reportagem também deixou recado em seu telefone celular. Ele não ligou de volta. Os organizadores da festa e MC Ricardo não foram encontrados para comentar o caso.